Exposição Roberto Carlos (Cultura)



Exposição exalta carreira de Roberto Carlos
O cantor, considerado o “rei” da música, comemora 50 anos de carreira com uma mostra na Oca, no Parque do Ibirapuera.
Por Felipe Andrade
Maria Aparecida, 62 anos, visitava pela terceira vez a exposição em menos de duas semanas. E, ao ficar de frente para uma das roupas do rei, chorou. Ela conta que lembra muito bem, pois era aquela vestimenta que Roberto Carlos usava quando ela o viu pela primeira vez. “Foi num dos muitos shows que fui dele quando era jovem.” Maria fala dos flashes de memória que tem sobre o trio, que simboliza a “Jovem Guarda”, e fez sucesso a partir dos anos 60: Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia.
Uma exposição no Parque do Ibirapuera, na capital paulista, marca as comemorações pelos 50 anos da incrível relação entre Roberto e a música. A maioria dos objetos que estão à mostra é do acervo pessoal do cantor, que fez questão de acompanhar, passo a passo, a escolha de cada roupa, prêmio, instrumento ou música que ilustra o evento. Há espaço reservado para seus fiéis companheiros, como Erasmo Carlos e Vanderléia, e para o seu grande palco nos últimos anos: o mar.
Mesmo morando em Itajubá, sul de Minas Gerais, distante quase 350 km da cidade de São Paulo, Alcir Moreira, 53 anos, que é dono de uma loja de música, fez questão de reservar um fim de semana na sua agenda para visitar a exposição. Ele irá à exposição nos dias 08 e 09 de maio, o último fim de semana disponível para visitação. Apesar de nunca ter feito uma faculdade ou curso de música, ele acredita que a experiência de vida e a admiração por Roberto Carlos o fez um “especialista” em jovem guarda. “Sempre quis fazer faculdade, mas nunca tive tempo e dinheiro. Quando me adaptei financeiramente, preferi montar minha loja, para que pudesse de alguma forma, ajudar na propagação da cultura musical e demonstrar sua importância, tanto pra mente quanto para a inteligência”. E vê no cantor a grande inspiração para que decidisse se dedicar à música. “O rei e Erasmo foram essenciais na escolha que eu tive de ir fundo no conhecimento musical. Quando eles estouraram, os jovens da época faziam questão de se vestir como eles”.
O funcionário do Parque do Ibirapuera, Mário Ferraz, 23 anos, foi uma das pessoas que auxiliou na produção da exposição. Apesar de não conhecer muito sobre as músicas e a carreira de Roberto, ele relata que fica espantado com a reação das pessoas que vão ao evento. “A maioria das pessoas já entra na Oca chorando. Parece que a exposição é sobre a vida delas, e não do cantor.” Mário diz ainda que, quando sua mãe ficou sabendo que ele iria trabalhar numa homenagem à Roberto Carlos, ficou muito emocionada. “Quando contei pra minha mãe, ela ficou muito feliz. Ele não fez parte da minha vida, mas fez parte de toda a juventude dela.”
Na exposição, o visitante encontra, logo na entrada, o famoso “calhambeque”, cantarolado em várias músicas de Roberto. Há ainda vários troféus, que o rei ganhou nos festivais de música e premiações, como o Troféu Imprensa, o Grammy Latino e vários discos de ouro, platina e diamante. Porém, um dos locais que mais atrai a atenção dos visitantes é o subsolo 2 da Oca. É o local onde está reproduzido um navio, para ilustrar as viagens do cantor no seu cruzeiro, onde ele faz shows anuais. Além disso, há espaços para que o visitante se acomode em grandes almofadas, para ouvir as músicas de maior sucesso de Roberto Carlos. O evento ficará disponível na Oca até o dia 09 de maio, dia das mães.

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